Tuesday, December 29, 2015

A febre do poliglotismo a curto prazo

Não me levem a mal, mas eu acredito que há uma nova febre tomando conta da comunidade de aprendizagem de línguas na Internet: o poliglotismo a curto prazo.

Durante minha primeira estada nos EUA, acabei descobrindo no Youtube os vídeos de Steve Kaufmann, criador do LingQ. Fiquei encantado pela maneira clara em que ele fala em inglês e comecei, então, a usar os vídeos dele como comprehensive input para melhorar minha compreensão auditiva em inglês, que era muito fraca até o começo dos meus cinco meses de imersão. Os tópicos abordados por ele me interessavam muito, pois tinham a ver com a minha área de formação: ensino e aprendizagem de línguas. Gostava de ver como era a abordagem dele quanto à aprendizagem autodidata de línguas estrangeiras e, com o tempo, fui tomando conhecimento de outros poliglotas (ou multilíngues, como preferir) renomados: Luca Lampariello, Richard Simcott, Benny Lewis, Alex Rawlings e Tim Doner, entre tantos outros. Confesso que já devo ter assistido a quase todos os vídeos dos que mencionei e de alguns outros nem tão conhecidos assim. Aprendi muito com as técnicas de aprendizagem que compartilharam e creio que, pelo que pude perceber, muitos deles aparentam ter um grau considerável de fluência e de proficiência nos idiomas que afirmam falar.

Ao longo desses três últimos anos, contudo, vi um número crescente de outros Youtubers também quererem seu lugar ao sol. Apesar de ser um grande entusiasta da aprendizagem de línguas, acredito que esse desejo desmedido de alcançar o poliglotismo seja perigoso. Vi surgirem challenges e afins, com o intuito de promover a aquisição de uma língua estrangeira em pouco tempo. E se tem algo que não combina com aprendizagem sólida, esse algo é a pressa. Vejo o pessoal querendo ser "fluente" em questões de meses, tentando absorver uma grande quantidade de conteúdo em pouco tempo, ao passo que negligenciam princípios básicos da aprendizagem. Vamos ser realistas: dá, sim, pra alcançar progressos significativos em pouco tempo, porém apenas em se tratando de sair do zero para, muito possivelmente, um nível A2 ou até mesmo chegar em algum ponto do nível B1 em poucos meses. Porém, cruzar a ponte e desenvolver um B2 sólido pode levar, a depender da quantidade de horas e seu grau de dedicação/abdicação pessoal, pelo menos alguns anos se você não estiver imerso na comunidade de falantes da língua-alvo, escutando ativamente, tentando entender o que lhe está sendo dito e querendo comunicar suas ideias aos seus interlocutores.

Se você estiver começando a aprender uma língua estrangeira, não se deixe iludir. Aprender requer tempo, ser fluente ainda mais, e dominar plenamente a língua-alvo, muito mais. Se for embarcar em algum challenge por aí, estabeleça metas realistas. Nenhum método de aprendizagem autodidata de idiomas vai abordar em tão pouco tempo todas as áreas da sua vida na língua estrangeira (clique aqui para ter acesso ao Self Assessment check-list do Quadro Europeu Comum de Referência), muito menos seu cérebro poderá dar significado ao que estudou sem tais conteúdos serem colocados em prática com falantes do idioma.

Sunday, July 19, 2015

Aprender os fonemas do inglês, alemão e espanhol

Olá, pessoal.

Hoje, venho compartilhar um ótimo site para os que tiverem interesse em aprender como pronunciar (e ver como se pronunciam) os sons de três das mais importantes línguas estrangeiras: inglês, alemão e espanhol.

O site da Universidade de Iowa transformou seu antigo website num aplicativo (apenas para o idioma inglês), mas as versões antigas continuam online.
Seguem os links:

English

Deutsch

Español


Fonte: http://soundsofspeech.uiowa.edu/

Thursday, July 16, 2015

Por um ensino de idiomas inclusivo

Nesse novo post contamos com a contribuição mais do que especial do meu amigo e também companheiro de profissão Philipe Araújo. Tive o prazer de conhecê-lo há três anos quando dum evento na Universidade Federal de Pernambuco, no qual ele fez uma apresentação sobre seu intercâmbio acadêmico na Itália. Sempre trocamos muitas ideias em relação à aprendizagem de línguas e demais questões concernentes à nossa área de atuação. Ele tem muito a dizer a respeito.

É com você, Philipe!

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Por um ensino de idiomas inclusivo


O aprendizado de línguas estrangeiras nunca foi prioritário em nosso país. Mesmo no que se refere à língua materna, desde a proibição do nheengatu, em 1758, até o normativismo tradicionalista de nossos dias, a língua da maior parte da população sempre foi proibida, classificada como “errada”, ou cruelmente extinta.
Até a década passada, poderia se dizer que em um país de dimensões continentais como o nosso não haveria necessidade de aprender outras línguas para os mais pobres. Um brasileiro de classe baixa, ou seja, mais da metade da população àquela época, poderia muito bem passar a vida inteira sem precisar aprender uma palavra em outro idioma. Já para os filhos dos barões, é claro, francês era fundamental para as viagens à Europa.
Com a “globalização” do novo milênio, porém, aprender a língua dos donos do mundo virou não somente um must para a classe média tradicional, como necessidade para parcela considerável da nova classe trabalhadora.


No entanto, é triste notar que, a despeito da real necessidade econômica e social de o país se comunicar com o mundo, o governo brasileiro não investe em ensino de línguas estrangeiras para todos. Mesmo o inovador programa de ensino Idiomas sem Fronteiras, com cursos custeados pelo governo em 10 línguas, criado na gestão passada, beneficia apenas alunos de ensino superior e funcionários de instituições federais. Isso num cenário em que mais de 80% dos universitários brasileiros estão na rede privada. Em outras palavras, o governo federal tem oferecido milhares de vagas em cursos de idiomas gratuitos para o topo da pirâmide educacional.
Já nas esferas de ensino público estadual e municipal, responsáveis pelos ensinos fundamental e médio, a realidade é outra. Às vezes faltam professores de línguas estrangeiras. E mesmo quando há professores, faltam condições para o ensino. Salas lotadas, falta de material, infraestrutura precária, tempo de aula insuficiente… A lista de problemas a enfrentar é tão grande, que surpreende alguns professores conseguirem ir além do verbo to be.  


Num país esfacelado pela desigualdade, os ricos aprendem inglês e francês desde pequenos em escolas bilíngues de mensalidades exorbitantes, para desfrutar ao máximo as viagens a Miami e a Paris. A classe média se contenta em colocar os filhos adolescentes nos cursos de idiomas dos bairros nobres.
À classe trabalhadora, estrangulada, com chances remotas de acesso ao ensino superior, e cada vez mais esmagada pela necessidade de comprovar alguma qualificação para lutar por uma vaga de emprego em tempos de recessão, não resta outro caminho senão esses mesmos cursos de idiomas elitistas. Com mensalidades que não raro chegam quase à metade de um salário mínimo e cursos longos, que às vezes chegam a sete anos de duração, não demora muito para que os mais pobres se percebam destituídos do direito de aprender. Se dividir entre o trabalho, a família e as aulas não é fácil. Menos ainda em grandes metrópoles como Recife, onde o trajeto de casa ao trabalho pode levar mais de duas horas.


A atmosfera de desesperança, é claro, atinge igualmente a nós, professores. Somos extremamente desvalorizados, seja na rede pública, seja na rede privada. Cenário comum: numa turma de doze, a mensalidade de um só aluno já é maior que o pagamento que o professor receberá por aquela turma. Se você é aluno de um curso de idiomas, pergunte ao seu professor quanto ele recebe. Chegar a R$30/hora é um luxo! Ademais, a perspectiva de crescimento na carreira é quase insignificante e a liberdade de criar é extremamente limitada.
Aos professores migalhas, aos donos das grandes franquias, novas escolas para lucrar mais a cada ano.


Apesar de tantos problemas, não serviria de nada perder todas as esperanças e desistir. É possível criar para os professores, condições mais dignas, a valorização profissional e o reconhecimento que todos merecemos e a liberdade de planejar as aulas e participar de forma democrática das decisões pedagógicas. Para os alunos, mensalidades justas, que diminuem à medida que cresce o número de alunos. Além disso, a libertadora possibilidade de estudar onde e quando tiverem disponibilidade, e conforme a metodologia com a qual se sentirem mais confortáveis.
É preciso valorizar os bons exemplos. Se você pensa em estudar um idioma em algum curso, leve em conta também quanto ganham os professores. Se você percebeu que faltam professores de idiomas nas escolas públicas, denuncie. A situação só pode mudar quando o problema for reconhecido como de todos nós.


Philipe Araújo é pesquisador na área de ensino de inglês como língua estrangeira e tem certificações de proficiência internacionais em língua inglesa (C1) e língua italiana (C2). Atualmente, trabalha como professor-pesquisador bolsista da CAPES no Núcleo de Línguas Idiomas sem Fronteiras da UFPE. É graduando no oitavo período de Licenciatura em Língua Inglesa. Cursou Didática das Línguas Modernas e Linguística Italiana em intercâmbio na Università Roma Tre (2012), na Itália, obtendo certificação de proficiência em italiano em nível C2 (avançado), reconhecida pelo governo italiano. Em 2013, obteve certificação internacional como aplicador do TOEFL ITP, e no momento atua como aplicador do TOEFL na UFPE. Suas pesquisas concentram-se nas áreas de Didática das Línguas, Língua e Relações Sociais, Linguística Aplicada e Argumentação. Atua também como professor privado de língua portuguesa, inglesa e italiana para jovens e adultos. Participou como voluntário de uma série de projetos de inclusão social e divulga sua produção acadêmica em eventos ligados à Educação, ao Ensino de Línguas, Linguística e Literatura.

Thursday, April 16, 2015

Feira EducationUSA será realizada pela primeira vez em Pernambuco

[Divulgando]

Feira EducationUSA será realizada pela primeira vez em Pernambuco
Da assessoria do evento


Na próxima quinta-feira (23), será realizada no Recife a primeira edição da Feira EducationUSA, única feira exclusiva para estudos nos Estados Unidos. O evento vai reunir representantes de mais de 29 universidades americanas, além da Embaixada e do Consulado dos Estados Unidos. O evento acontecerá no Hotel Transamérica Prestige, das 17h às 20h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site do EducationUSA Brasil. Universidades como University of California San Diego, Florida StateUniversity, New York University, University of Colorado Boulder e muitas outras instituições irão expor programas que incluem cursos de graduação, pós-graduação (mestrado e doutorado) e inglês intensivo.

Segundo a coordenadora do EducationUSA Recife/ABA Global Career Center, Danyelle Marina, o objetivo é oferecer aos interessados de toda a Região Nordeste a oportunidade de conversar diretamente com esses representantes sobre o processo de admissão nestas universidades, como funciona a vida acadêmica de cada uma delas e começar a organizar o plano de estudar no exterior. A feira já acontece faz mais de dez anos no Rio, São Paulo e Brasília, onde, todo ano, atrai mais de 5 mil estudantes. A iniciativa de realizar o evento em Pernambuco é do Escritório EducationUSA/ABA Global Career Center.

BOLSAS DE ESTUDOS – Além de expositores, a Feira EducationUSA terá uma programação de palestras sobre o Ciência sem Fronteiras (com representante da Laspau), programa do governo brasileiro que oferece bolsas de graduação e doutorado no exterior para brasileiros, além de palestras com representantes do consulado americano sobre como tirar o visto de estudante. O Circuito Brasileiro de Feiras EducationUSA vai passar ainda por Belo Horizonte (22 de abril), Fortaleza (25 de abril), Belém (27 de abril) e Campinas (30 de abril).

Danyelle Marina ressalta que a Feira EducationUSA chega ao Recife num momento em que cada vez mais estudantes brasileiros pleiteiam vagas em faculdades fora do país. A coordenadora, que é a orientadora do EducationUSA no Estado e prepara as pessoas interessadas em estudar nos EUA, considera que atualmente mais e mais alunos têm buscado diversificar suas oportunidades e sonhar alto, inscrevendo-se para universidades que são referência no mundo.

No ano letivo 2013/2014, havia 5.097 brasileiros fazendo graduação completa nos Estados Unidos – um crescimento de 9% em relação ao ano anterior, segundo o Instituto de Educação Internacional. Considerando ainda intercâmbios, cursos de especialização e pós-graduação, a presença brasileira em ambientes de ensino americanos teve aumento de 22%, inferior apenas ao do Kuwait (43%).

Mais informações
EducationUSA
(81) 3427.8822/8823

Fonte: Ascom-UFPE

Sunday, January 25, 2015

Escola de Idiomas Paula Frassinetti (FAFIRE) abre inscrições

Artigo postado no próprio site da instituição:

Escola de Idiomas Paula Frassinetti
Estão abertas as inscrições para os cursos da Escola de Idiomas Paula Frassinetti, localizada na Fafire. Para a próxima entrada, a escola oferece cursos de Inglês, Espanhol, Italiano e Francês, nos níveis iniciante, intermediário e avançado. Além disso, estão sendo ofertados cursos específicos, voltados para vários públicos: para quem quer se preparar para concursos e vestibulares, para professores que buscam atualização, para quem deseja certificação internacional, para adolescentes, para a melhor idade e para o público em geral que deseja aprender um idioma.
Para um aprendizado ideal, as turmas possuem vagas limitadas. Além de disponibilizar ensino de línguas estrangeiras, o local também proporciona aos estudantes um intercâmbio linguístico-cultural entre a comunidade brasileira e as demais nacionalidades, por meio de palestras, workshops, video-sessions e outras atividades.
Interessados em obter mais informações devem ligar para o 2122-3500 - ramal 3621/3576, ou comparecer à coordenação, localizada no segundo andar da faculdade.
Confira a lista de cursos oferecidos AQUI.



Núcleo de Línguas e Culturas da UFPE abre inscrições

O Núcleo de Línguas e Culturas da Universidade Federal de Pernambuco (NLC) está com inscrições abertas para cursos de idiomas. São oferecidos cursos de inglês, francês, espanhol, italiano e alemão. As vagas são limitadas e abertas a alunos, servidores da UFPE e também ao público extra-universitário. O valor da semestralidade vai ser atualizado, mas estima-se que fique por volta dos R$400.

Para inscrever-se, acesse https://www.ufpe.br/nlc/index.php/inscricoes

Para maiores informações, acesse https://www.ufpe.br/nlc/

Wednesday, January 21, 2015

[Certificação] TCF Québec (Test de connaissance du français Québec)

Olá, pessoal! Espero que tudo esteja indo bem com vocês nesse começo de 2015.

Passei a metade da manhã de hoje fazendo a prova do exame de proficiência TCF - Test de connaissance du français. Como já venho há bastante tempo namorando a possibilidade de imigrar para o Canadá, ou melhor, para o Québec, decidi testar meu francês na modalidade específica chamada TCF Québec, além de querer saber onde realmente está meu nível de francês de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas. Já faz bastante tempo que não faço mais curso de francês e venho dedicando algumas poucas horas diárias à língua de Molière e de tantos outros. Alguns amigos me diziam que estava no B2 (pelo menos na produção oral), e decidi tirar a prova real para saber se tinha regredido muito ou não (é algo inevitável quando se trata de aprender várias línguas estrangeiras. É impossível não perder a fluência ou vocabulário quando não se utiliza o idioma de forma ativa todos os dias).

Há um centro aplicador da prova aqui na minha cidade, a Aliança Francesa Recife e a modalidade TCF Québec é aplicada uma vez por mês, ao contrário do DELF, que só é aplicado uma vez por semestre.

A prova essencialmente é constituída de duas partes: a compreensão auditiva e a expressão oral, mas também pode-se pagar alguns reais a mais e também fazer a compreensão escrita (interpretação textual). A lógica é simples: quanto mais habilidades linguísticas forem testadas (e seu bom desempenho nelas), mais pontos você terá para somar ao seu dossiê. Foi o que eu fiz.

Aqui vou narrar a minha aventura nas três partes. Vejo que, geralmente, os poliglotas que vemos por aí na Internet não costumam falar de seus insucessos, exaltando apenas os êxitos. Entretanto, jamais ousei dizer que sou hiperfluente em todos os idiomas, que tenho nível nativo etc., e, portanto, acho saudável também falarmos de nossas escorregadas, até mesmo para servir de exemplo aos que estão começando só agora a jornada rumo à aprendizagem de língua(s) ou que ainda não fizeram o teste de proficiência em questão. Isso só causaria expectativas irreais a meu respeito, cobranças etc.

Vamos lá?

A compreensão auditiva tem 29 questões, assim como a escrita. Essa etapa da prova dura 25 minutos. Você recebe um gabarito e um livrinho com as opções de resposta de A a D (ou de A a E, não lembro bem). As gravações começam simples e o nível de dificuldade vai aumentando. A primeira questão, por exemplo, tem uma imagem de uma menininha entregando um presente para a mãe e você tem que escolher qual das locuções se refere à imagem. Você ouve diálogos não muito longos. Há sempre uma pergunta no final de cada gravação, e é aí que você deve ler as opções no caderninho para marcar o quadradinho correspondente no gabarito. Como o exame é na modalidade Québec, há algumas poucas gravações em que o sotaque é quebequense. Contudo, grande parte dos locutores falam em francês europeu (França). Apesar de estar mais acostumado ao sotaque europeu, nessas férias dediquei-me quase exclusivamente ao sotaque quebequense da Radio Canada. Não foi uma boa escolha. Tive muita dificuldade de conseguir me acostumar a ele, e talvez tenha perdido um pouco de familiaridade com o europeu.
Dica: Concentre-se majoritariamente a acostumar-se com o standard do francês europeu e ouça muitas gravações em francês desde diálogos no dia a dia a conversas telefônicas, ouvintes ligando para rádio etc. Contudo, não ignore o quebequense por completo.

Já a segunda etapa foi a da compreensão escrita e tem 25 questões. Aqui, você tem que correr contra o tempo. Os textos começam bem simples, desde interpretar para quem ou porque um bilhete ou carta foi escrito, até textos bem longuinhos de propagandas, anúncios, nota de opinião etc. Sempre, é claro, lendo as alternativas no caderninho e assinalando o quadradinho correspondente na folha do gabarito. É aqui que se faz necessária a competência em gêneros linguísticos em língua estrangeira, noções de função de linguagem etc. Se ler em francês fosse algo que eu fizesse todos os dias, talvez não teria tido problemas.
Achei o espaço de tempo curto para cada questão, mas consegui terminar a tempo, faltando poucos minutos para o término da sessão.
ATENÇÃO: A folha do gabarito NÃO vem com o seu nome. Eu quase entregei o gabarito sem minhas informações pessoais preenchidas. Ainda bem que ela me sinalizou antes de receber.
Dica: Leia MUITO! A palavra-chave aqui é AMPLIAÇÃO DE VOCABULÁRIO. Familiarize-se com os diversos gêneros textuais em francês.

Já a terceira e última parte que fiz foi a de expressão oral. A aplicadora da prova vai chamar você para uma sala e, antes de iniciar a prova, perguntará se você já sabe como funcionará aquela etapa, que se divide em três partes, para só então iniciar a sessão. Tudo é gravado e creio que eles mandem para uma comissão julgadora decidir seu destino.
A primeira parte consiste em você se apresentar, falar de si, de suas paixões e gostos. Enfim, quem você é. Dura aproximadamente 4 minutos. Já na segunda parte desta etapa você tem que formular o máximo de questões possíveis sobre o Québec, a fim de entrevistar a aplicadora. Não tem tema definido, mas há sugestões (paisagens, cultura, cozinha quebequense etc.). Ela te dará alguns minutos (uns 5 minutos, se não me falha a memória) e depois pedirá que você faça as perguntas. Contudo, não se iluda! Ela vai responder de forma bem simples, não se prolongando muito. O objetivo aqui é você fazer o maior número de perguntas possíveis. Caí na besteira de escrever pergunta por pergunta na folhinha, perdendo, assim, bastante tempo pra pensar em várias outras perguntas. Creio que teria economizado tempo se tivesse anotado apenas os tópicos e utilizado a folha apenas para me guiar. Ainda assim, fiz várias outras perguntas que me vieram à mente e, assim, consegui preencher o tempo. A terceira parte foi a que eu creio que vá me prejudicar mais no resultado final. A aplicadora vai sortear um tema (dentre 5 ou 6) e pedir que você fale o máximo possível a respeito, posicionando-se e articulando bem a sua argumentação. A minha pergunta foi simples, mas dava muito pano pra manga:

"Quem deve se empenhar mais: o imigrante ou o país que o recebe?".

Meu motor estava desaquecido. Tive poucas oportunidades (nem me interessei muito em criá-las) de conversar em francês ultimamente, além de ter tido um bocado de coisas a resolver durante essas férias.
Dicas: FALE MUITO EM FRANCÊS, ainda que sozinho. O francês, para esta última etapa da prova, tem que estar MUITÍSSIMO automatizado e você deve hesitar o mínimo possível enquanto fala. Fale e procure se posicionar criticamente a respeito dos mais variados temas possíveis, ainda que você não tenha uma opinião a respeito até mesmo na sua língua materna.

Resumo da obra: O TCF Québec não aprova ou reprova, apenas te diz onde você está na sua aprendizagem. Mergulhe de corpo inteiro no idioma e, permita-me a analogia, não se esqueça de se alongar todos os dias.

O resultado deverá sair em três ou quatro semanas. Assim que o souber, compartilho com vocês.

Abraços e bonne chance pour moi.

Update: Obtive C1 na compreensão escrita, B2 na expressão oral e B1 na compreensão auditiva.

Tuesday, January 13, 2015

[OPORTUNIDADE] Centro de Educação Profissional Jornalista Cristiano Donato divulga edital 2015 de inscrições para cursos de idiomas

Oportunidade para os moradores do Recife.

Desde o dia 04 de janeiro estão abertas as inscrições para cursos profissionalizantes oferecidos pela Prefeitura do Recife, e o Centro de Educação Profissional Jornalista Cristiano Donato está disponibilizando vagas para seus cursos de idiomas. A instituição oferece aulas de inglês, espanhol, francês, italiano, alemão, russo, japonês e árabe.

Para se candidatar a uma vaga, é necessário acessar o site http://qualificarecife.com.br/ , ler o edital e seguir as instruções do site. As inscrições podem ser feitas até o dia 18 de janeiro, e os resultados serão divulgados já no dia 22 do referido mês. O próximo passo é dirigir-se à instituição no período de 26 a 27 e apresentar a seguinte documentação:

  1. Carteira de Identidade (RG)
  2. CPF próprio do candidato, independente da idade;
  3. Comprovante de escolaridade (Histórico Escolar, Declaração de matrícula para quem ainda está estudando ou Declaração de série cursada), quando exigido;
  4. Comprovante de Residência;
  5. 1 (uma) foto 3×4;

Haverá três remanejamentos, a fim de que todas as vagas sejam preenchidas.

As aulas começam no dia 02 de março.

Para maiores informações e demais datas, favor acessar o Qualifica Recife.